Por que as pessoas ainda usam Postscript?

Por que as pessoas ainda usam Postscript?

Enviei um artigo de jornal esta manhã e eles me pediram para incluir um arquivo PDF, o que eu esperava, e um arquivo Postscript (PS).

Gerar o arquivo PS foi mais difícil, porque alguns dos meus comandos LaTeX, com os quais sempre compilei pdflatex, não compilavam latex(principalmente incluindo gráficos).

Acabei convertendo o PDF em um arquivo PS, mas obtive um arquivo 4 vezes maior (aproximadamente 20 MB em vez de 5 MB).

Parece também que abrir um arquivo Postscript com qualquer leitor moderno leva mais tempo, pois é necessário 'converter' (compilar talvez? Ou interpretar?) O arquivo.

Eu queria saber - qual é a utilidade do Postscript hoje? Existem vantagens em relação ao PDF mais moderno e amplamente utilizado?

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Postscript ainda é usado como formato de documento intermediário, pois é uma linguagem de programação completa que permite calcular gráficos, o que o PDF não permite. O PDF mostra apenas o resultado (após algumas conversões, às vezes chamadas de "Destilação") do cálculo que o Postscript é capaz de fazer.

O pacote PSTricks baseado em Postscript é um exemplo que faz uso intenso de computação gráfica. Pode atéresolver equações diferenciais. E se você tiver uma impressora Postscript, ela poderá fazer esses cálculos para você.

EDITAR, para responder ao comentário de Daniel:

Um recurso que torna o Postscript o formato preferido, em particular para umeditor, é o seueditabilidade. Se, por exemplo, a arte de linha em um documento for muito tênue, o editor pode querer aprimorá-la um pouco globalmente antes de enviar o documento para impressão. Esta mesma questão foi levantada, por exemplo, emessa questão.

Com Postscript, duplicar a largura da linha em todo o documento é facilmente conseguido colocando

userdict /setlinewidth {2 mul systemdict /setlinewidth get exec} put

no cabeçalho do documento.

Com o PDF, esse ajuste é muito mais complicado.

Responder2

Do ponto de vista dos editores, penso eu, a única razão fundamental é software legado. Postscript tem sido um padrão duradouro e amplamente aceito. Atualizar as cadeias de ferramentas existentes para PDF exigiria um investimento enorme.

Então eu acho que é tudo uma questão de história. Há ótimas perguntas e respostas que discutem as diferenças fundamentais entre Postscript (PS) e PDF de uma perspectiva técnica: Diferenças fundamentais: PSTricks, TikZ/PGF e outros, mas perde um pouco o significado (histórico) dessas diferenças técnicas:

Basicamente, as diferenças técnicas são:

  • PS é uma linguagem (Turing-)completa que permite adiar cálculos arbitrários para o tempo de renderização, ou seja, quando o arquivo PS éusado(ou seja, impresso).
  • Em PDF, todos os cálculos são concluídos quando o arquivo PDF éproduzido.

Na sua época, o modelo PS tinha algumas vantagens claras:

  • Na década de 80, uma estação de trabalho decente (VAX-11) era capaz de computar 1,5 milhão de instruções por segundo (MIPS) e estava equipada com talvez 1 MiB de RAM.
  • Renderizar uma página A4 completa com resolução de 150x150 dpi em tal sistema já era um desafio. Ir mais alto (300x300 ou 600x600 dpi) era basicamente impossível.

  • Porém, mesmo naquela época, uma impressora a laser era capaz de imprimir uma página com 200x200 dpi ou mais.

  • As máquinas de impressão industrial utilizadas pelos editores já conseguiam lidar com resoluções muito mais altas.

Ao delegar a parte computacional intensiva ao tempo de uso, ou seja, o dispositivo de impressão, o PS proporcionou portabilidade entre todos esses dispositivos e possibilitou a preparação de documentos de alta qualidade mesmo em computadores acessíveis. Em vez de equipar cada estação de trabalho com RAM e CPU suficientes para renderizar páginas em 200x200 dpi (sem falar nos tamanhos de disco e na capacidade de rede necessária para armazenar e transferir os documentos resultantes), foi suficiente ter uma impressora a laser de US$ 10.000 para fazer isso. o trabalho para o departamento completo. Se o livro fosse publicado profissionalmente, a impressora industrial de US$ 10 milhões poderia processaro mesmoDocumento PS para renderizá-lo em 1200x1200 dpi.

20 anos depois, a potência da CPU e a quantidade disponível de RAM são 4.000 vezes maiores. As impressoras com processador de imagem raster PS (RIP), no entanto, ainda são relativamente caras:

  • Já na década de 90, os "software-RIPs" (por exemplo, ghostscript) tornaram-se populares. O Ghostscript faz toda a renderização no seu computador e, assim, torna possível imprimir documentos PS mesmo em uma impressora acessível que não possui RIP de hardware.

  • No ano 2000, o rendimento comum do PC e da rede tornou-se tão poderoso que o "RIPing de software" antes da impressão é normalmente muito mais rápido do que usar o RIP integrado da impressora - especialmente ao imprimir documentos PS complexos.

  • Na mesma década, o PDF tornou-se popular, assim como a importância do PS comooo padrão amplamente suportado para documentos de impressão diminui.

Responder3

Como você já percebeu, há uma tendência de arquivos ps de tamanho modesto se transformarem em arquivos PDF enormes. Isso ocorre porque o postscript, sendo uma linguagem de programação geral, tem um enorme potencial paracompressão algorítmica.

Para um exemplo simples, considere uma folha de papel milimetrado de 5 mm. Um pdf conteria os pontos finais de cada linha. No postscript, entretanto, isso poderia ser feito com 2 loops.


Convertendopara trás, de pdf a ps, em geral não é capaz de fazer uso de compactação algorítmica. O PDF teria que ser analisado por algum especialista/AI realmente inteligente. A conversão normal é apenas para representar as mesmas estruturas PDF com postscript, que tende a ser mais detalhado. Por exemplo. um número inteiro binário de 32 bits ocupará 4 bytes em um pdf, mas ocupará 1 a 14 bytes em uma representação de texto (ascii).

Responder4

Uma razãoRecentemente aprendi sobreé que você pode gerar umespecífico da impressoraArquivo PS (por exemplo, usando o recurso de impressão em arquivo do seu leitor de PDF), que já contém todas as configurações da impressora que você escolheu, o que é muito útil para trabalhos de impressão complexos (por exemplo, contendo mídias de papel diferentes, mas do mesmo tamanho) que precisam ser impressos novamente de vez em quando.

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